A Odontologia...

"Olho para minhas mãos, descubro nela a leveza para alcançar o detalhe. A sensibilidade exata para interferir na dor. A mobilidade necessária para atingir o mais difícil. A vivacidade que percebe o que não pode ser dito. Abre-se um sorriso, descubro nele a perfeição que faz de minhas mãos um instrumento. A simplicidade que torna simples o mais difícil. A sensibilidade que me diz tudo sem nada dizer. Gestos, sorrisos, expressões que unem dom e desejo, auxílio e agradecimento, ODONTOLOGIA e arte."

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quinta-feira, 24 de março de 2011

Contaminação atinge 95% dos jalecos médicos

Contaminação atinge 95% dos jalecos médicos


24/9/2010 10:12:00

Em vez de proteger o usuário, o jaleco médico - indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como equipamento de proteção individual para os profissionais do setor - pode ser fonte de contaminação. É o que indica um estudo realizado por alunas da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), câmpus de Sorocaba, e divulgada ontem.

Das amostras analisadas, 95,83% estavam contaminadas. Entre os micro-organismos identificados nos jalecos está o Staphilococcus aureus, bactéria considerada um dos principais agentes de infecção hospitalar. A pesquisa foi realizada pelas alunas Fernanda Dias e Débora Jukemura, sob orientação da professora Maria Elisa Zuliani Maluf.

A proposta surgiu após a const atação de que alunos e residentes do hospital-escola do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, da rede estadual de saúde, saíam para o almoço em bares e restaurantes sem tirar o jaleco.

O objetivo foi comparar a microbiota - conjunto de micro-organismos que habitam um ecossistema - existente nos jalecos, sobretudo na região do punho e na pele dessas pessoas, com a dos não usuários. Foram avaliados 96 estudantes de Medicina, distribuídos nos seis anos da graduação, que atuam na enfermaria de clinica médica do hospital. A metade usava jalecos (de mangas longas) e a outra metade não.

"Essa elevada taxa de contaminação pode estar relacionada ao contato direto com os pacientes, aliada ao fato de os micro-organismos poderem permanecer entre 10 e 98 dias em tecidos, como algodão e poliéster", explica Fernanda.

O estudo mostrou que os jalecos dos profissionais estão geralmente contaminados, principalmente nas áreas de contato frequente, como mangas e bolsos. A OMS e o utras instituições de referência em biossegurança recomendam a sua utilização como uma barreira de proteção contra a transmissão de micro-organismos. No estudo, a pele da região do punho estava contaminada em 97,91% dos usuários de jaleco. Nos não usuários a contaminação era de 93,75%.

"Evidencia-se que a contaminação nos usuários de jaleco não difere significativamente daqueles que não fazem seu uso, indicando que sua função como proteção pode ser questionada", disse a professora Maria Elisa.

De acordo com as alunas, o estudo também revela que a prática de lavar as mãos, em ambos os grupos, não está adequada. Para ela, a falta de higiene das mãos aumenta a contaminação dos jalecos.
Os resultados mostraram ainda que o número de micro-organismos patogênicos aumentou consideravelmente nas coletas realizadas entre segunda e quinta-feira, dias de maior atividade médica. Para a orientadora, a pesquisa mostrou que o jaleco pode representar um possível veículo de t ransmissão de micro-organismos associado à infecção hospitalar, caso seu uso não seja aliado a cuidados.

A PUC-SP pretende aprofundar os estudos para encaminhá-los à OMS.

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